A Argentina destaca-se como pioneira na adoção de criptomoedas na América Latina, com especial preferência pelo USDT, que representa a maior parte dos depósitos na exchange Lemon. Tal movimento reflete a busca por estabilidade financeira ante a inflação local.
Superação da Argentina Frente ao Brasil
A vanguarda argentina na adoção de criptomoedas é incontestável na América Latina. Revelações recentes do ‘Relatório Lemon’ colocam o país à frente, com 40% das aplicações em cripto de todo o Latam sendo operadas por cidadãos argentinos. Esta onda de aceitação encontra-se espelhada na preferência pelo USDT, a stablecoin do Tether, representando mais de 70% dos depósitos na plataforma da Lemon.
Superando inclusive o mercado brasileiro, a Argentina ostenta uma movimentação superior a $85.4 bilhões em cripto, entre junho de 2022 e julho de 2023. O relatório atribui o uso intensificado de cripto na Argentina aos crescentes níveis de inflação e depreciação monetária, impulsionando a adoção como mecanismo de salvaguardar e transferir valores em moeda forte.
A Preferência Pelo USDT na Argentina
A tendência argentina inclina-se acentuadamente para as stablecoins, que corresponderam a 80% das compras cripto em 2023. A Lemon identificou uma concentração de 70% do processamento de depósitos vinculados ao USDT. Até final de 2023, 32.59% do total sob custódia da Lemon estava em USDT, enquanto apenas 29.10% em BTC.
O comportamento argentino encontra paralelo no mercado brasileiro, onde a Receita Federal relatou um crescimento assombroso no comércio de stablecoins — um movimento com potenciais implicações tributárias e regulatórias.
A Singularidade da Adoção na América Latina
Contrastando com nações como os Estados Unidos, onde se percebe uma tendência maior à compra de bitcoin e altcoins – indicativas de uso especulativo ou para investimento -, a Latam, liderada pela Argentina, destaca-se pela adoção baseada na necessidade de preservação de valor.