Relatório expõe que o Banco Popular da China pode estar detendo mais de 5.300 toneladas de ouro, muito acima do informado oficialmente. Esse acúmulo estratégico pode impulsionar os preços do ouro e indica um movimento de desdolarização, resultando em um potencial ‘tempestade perfeita’ no mercado do metal.
China em Segredo: Reservas de Ouro Além do Declarado
Um relatório revelador elaborado por Jan Nieuwenhuijs, um conhecedor do mercado de ouro chinês, traz a tona que as reservas de ouro do Banco Popular da China (PBOC) podem superar as 5.300 toneladas, ultrapassando as cifras oficiais. Segundo Nieuwenhuijs, essa acumulação chinesa pode estar impulsionando os preços do ouro, enquanto o país se blinda economicamente ante uma possível desvalorização do dólar.
Estoque Oculto Chinês de Ouro
O relatório sugerido indica que o PBOC pode estar amealhando uma quantidade de ouro que excede e muito os números oficiais divulgados. Através da análise de Nieuwenhuijs que subtrai as aquisições oficiais dos dados publicados pelo Conselho Mundial de Ouro, suspeita-se que o PBOC abriga em torno de 5.358 toneladas de ouro, quase o dobro do divulgado oficialmente.
Além disso, a demanda privada crescente dos investidores chineses, que estão deixando setores tradicionais como imóveis e mercado de ações, é apontada como uma força ascendente nos preços do ouro.
A China e a Desdolarização
“As compras sigilosas do PBOC sinalizam um abandono discreto do dólar. Embora o dólar ainda seja a moeda de reserva mundial principal, a China e outros países buscam alternativas”, esclareceu Nieuwenhuijs.
Este é um esforço chinês frente a uma eventual depreciação e politização do dólar pelos países ocidentais, resultando em um ciclo de 15 meses de aquisições contínuas do PBOC.
Com a previsão de elevação nos preços do ouro, outros investidores ocidentais poderiam seguir o mesmo caminho, gerando uma ‘tempestade perfeita‘ no mercado desse metal precioso. Analistas já projetam os preços podendo chegar a $2.600 por onça.